Quando penso no grupo Último Tipo, o que me vem à mente é uma explosão de criatividade e irreverência que transcende o comum. Com uma trajetória de 36 anos, esse coletivo se destacou por sua capacidade única de mesclar alegria, musicalidade e um olhar inovador sobre a arte cênica. Seus espetáculos são um verdadeiro deleite para os sentidos, repletos de figurinos e adereços e instrumentos musicais, únicos, vibrantes, construídos a partir de materiais recicláveis, que nos fazem refletir sobre o potencial de transformação da arte.
Tenho o privilégio de acompanhar e produzir o trabalho do Último Tipo em vários projetos há quase 20 anos, e pude testemunhar sua força e impacto cultural. O grupo já percorreu 10 estados e mais de 200 cidades, encantando plateias em teatros, centros culturais, escolas, festivais, e nas diversas unidades do Sesc e Sesi. É impressionante ver como eles conseguem tocar diferentes públicos, de crianças a adultos, com uma proposta artística que é ao mesmo tempo acessível e profundamente rica.
Com 13 espetáculos no repertório atual—sendo 8 infantis, 3 para adultos e 2 que abraçam todas as idades—o Último Tipo prova sua versatilidade e compromisso com a arte em todas as suas formas. Ao longo desses anos, montaram 30 espetáculos, gravaram dois CDs e um DVD. A dedicação do grupo é inquestionável, assim como o reconhecimento que conquistaram, com mais de 30 prêmios em diversas categorias, incluindo espetáculos, músicas, clipes, trilhas de filmes. Além disso, foram contemplados com fundos de investimento municipais e estaduais, e patrocínios de importantes empresas.
O Último Tipo não é apenas um grupo; é um fenômeno cultural que celebra a vida, a arte e a capacidade humana de criar, inovar e transformar. Eles são um exemplo brilhante de como a arte pode ser ao mesmo tempo uma festa para os sentidos e um veículo poderoso de reflexão e mudança.
Wannyse O. Zivko
Produtora Cultural da Arte & Efeito